
Filme sobre escravidão, num geral, dá sempre certo né? Porque é uma época triste e manchada da nossa história que rende bons enredos, bons filmes… às vezes uns Oscars e por aí vai. Só que o diferencial de 12 Anos de Escravidão é que ele não foi inventado por alguém. O que a gente assiste é o que aconteceu mesmo! O filme é baseado na vida de Solomon, que lá naquela época, escreveu um livro contando a zorra toda.
Solomon era um homem livre. Era casado, tinha esposa, casa, filhos… uma vida bacana. E ele mandava bem pacas no violino! Por isso, dois brancos chegam junto dele e o enrolam com uma lorota de que vão fazer apresentações pelo país e precisam de alguém que toque com eles. Apesar de muito inteligente, ele é inocente pra caramba e cai na história, sendo sequestrado e vendido como escravo. Em 12 anos, ele vai passar pelas mãos de alguns donos, vai comer o pão que o diabo amassou, chutou, sambou e cuspiu e vai penar até achar uma forma de provar que é livre e que tudo aquilo não passou de uma super injustiça.
É o tipo de filme que te prende e te choca ao mesmo tempo, sabe? Por mais que a gente veja todas as atrocidades (os escravos apanhando brutalmente, os “donos” estuprando as mulheres como se elas fossem objetos…) e fique revoltado, é meio louco porque você quer continuar assistindo com aquela vontade de que os malvados se deem mal lindamente. Você fica curioso para saber se os personagens vão sofrer ao ponto de morrer ou vão conseguir uma forma de fugir.
E eu só não qualifiquei a minha opinião como Show de bola por um único detalhe: ele tem um ritmo um tiquinho lento. Então, acaba parecendo ser um pouquinho mais longo do que de fato é. Mas é só por isso. Achei o filme muito bom. Vale a pena MESMO conferir.
Se você curte filmes históricos, sobre escravidão, ou curte biografias, fica a minha indicação.