
O pôster tem um ar meio de faroeste, não é? A galera com esse chapéu de cowboy e tal… mas a temática de Fronteira é beeeeem diferente.
Miguel é um dos muitos mexicanos que pensa em atravessar a fronteira ilegalmente e fazer a vida nos Estates. Ele deixa mulher e filha no México e segue rumo ao deserto com um companheiro de viagem. No meio do caminho, tinha… não, não era uma pedra, mas sim a esposa de um xerife aposentado americano 😛 Ela encontra os dois muchachos e os ajuda com água, cobertor e depois segue seu rumo. Do nada, tiros pra todos os lados. A mulher se assusta, cai do cavalo e parte desta para uma melhor. O maridão dela estava perto, sai correndo e dá de cara com quem? Com Miguel, que passa a ser o principal suspeito do crime. Azar é pouco! Ele faz valer aquela velha teoria… “a pessoa estava no local errado, na hora errada”.
Assim… é um filme que não tem nada de surpreendente. Ao contrário. Ele é bem previsível. Você saca logo quem é o culpado, o que vai acontecer com Miguel, como o ex xerife vai se comportar. Não é o tipo que você tem que queimar os neurônios para descobrir pistas ou coisas do gênero. A ideia de Fronteira é fazer um relato (bem fiel até) das pessoas que tentam chegar aos Estados Unidos na ilegalidade, o quanto a travessia é dura, o quanto os atravessadores são safados e se aproveitam das pessoas, o preconceito só porque o cara é latino e por aí vai.
A história é bacana, interessante, não te cansa, te prende, mas não é aquela trama que vai marcar a sua vida. Mesmo assim, é legal de assistir.
Se você gosta de filmes com situações sofridas, injustiças, mexicanos aproveitando enquanto Trump não sobe o muro separando a fronteira, fica a indicação.