Quando vemos Jim Carrey em algum filme, nossa primeira impressão é de que vamos encontrar pela frente uma comédia mais pastelão, com caras, bocas e caretas como de costume, certo? Mas, às vezes, ele se aventura por dramas. O Golpista do Ano é um meio termo. Tem situações e momentos engraçadinhos, mas é baseado em fatos reais na história do cara que enganou a polícia e o Estado do Texas várias vezes.
Steven é casado com Debbie, é um pai e um policial exemplar, mas algo em sua vida não está certo. Depois de sofrer um acidente de carro, ele decide assumir sua homossexualidade e viver intensamente. E, se para viver da maneira que deseja for preciso dar uns golpes para faturar uma grana, que assim seja! Uma de suas trambicagens é descoberta e Steven vai parar na prisão (não por muito tempo), onde conhece o seu grande amor: Phillip Morris.
Achei que o começo estava indo bem. O filme vai situando sobre a lábia de Steven, o quanto ele consegue facilmente passar a perna nas pessoas, nos juízes, no sistema carcerário e por aí vai. E até então é a parte mais cômica. Depois Steven e Phillip se conhecem, aí começa o romance e o drama para vencerem os obstáculos e ficarem juntos. E essa oscilação de uma hora é drama, outra hora é romance e em outra relembram que também é comédia foi o que não deu química pra mim. Foi uma tentativa de deixar a história mais leve, claro, mas a sensação que me deu foi que a coisa toda se perdeu. Talvez se tivessem focado em um ponto só, como a relação dos dois ou as falcatruas, teria dado mais certo.
Não achei um filme ruim, daqueles que vão estragar seu dia. Não, não! Apenas acredito que poderia ter se saído melhor. Se você gosta do Jim Carrey, de comédias mais ácidas, histórias baseadas em fatos reais, romances que se iniciam na cadeira ou apenas quer ver Rodrigo Santoro, dá uma chance.







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