
Gente… eu fiquei com uma sensação muito ruim depois que terminei O Último Capítulo. Por ser o primeiro terror original da Netflix, você pode até achar que o meu sentimento é de medo, apreensão, angústia ou algo do tipo, certo? Não… não é isso o que estou sentindo. Estou com a impressão que roubaram 1h45min da minha vida!
Lily é enfermeira e tem como missão cuidar de uma senhora, Iris Blum, que foi uma famosa escritora de livros de terror e agora mora sozinha numa casa. A residência, para variar, tem um espírito perambulando e amaldiçoando os que moram por lá. E as pistas sobre esse fantasma estão em uma das obras da autora.
Dez minutos se passaram e eu ainda não sabia o que esperar. Nada muito espetacular tinha acontecido, mas pelo menos teve um “sustinho” e pensei “Eh.. agora vai“. Quarenta minutos e… NADA. Tudo igual. A história não saía do lugar. Cinquenta minutos. Começava enfim a aparecer mais informações sobre o caso, mas a coisa não ganhava ritmo. A enfermeira narrava, narrava, narrava… O sono me dava “olá” enquanto eu lutava bravamente contra ele, na tentativa de que pelo menos o final fosse satisfatório. Os créditos surgiram e a única coisa que brotava na minha cabeça era “Como faço para voltar o relógio?“.
Pra mim, não adianta focar só em ambientação, figurino, ângulos e em todos os detalhes técnicos se a trama não te prende, não te dá vontade de continuar, de descobrir o que vai vir pela frente. O filme fica preso em mostrar cenas com a personagem no meio e o cenário em evidência e você passa o tempo todo procurando um fantasma, uma sombra, um movimento ou qualquer coisa que justificasse aquela tentativa de criar suspense mas… não tinha nada! O máximo era um tapete que insistia em estar virado pra cima. Eu me contorcia no sofá procurando uma posição que me deixasse menos impaciente. 1h45min sem medo, sem reviravoltas… sem nada. Aliás… “NADA” tinha de sobra! 😛
Por mais que eu tenha achado um filme ruim, cinema é muito subjetivo e sempre tem alguém que possa gostar. Se você curte terror e suspense… quem sabe? De todo modo, não indico.