
Às vezes, existem uns filmes muito bons que, por algum motivo, ficam pouco tempo em exibição ou são lançados diretamente em DVD. Viver Sem Endereço me chamou a atenção justamente por esse motivo e adicionei na minha lista, mas acabei deixando para depois, afinal, toda hora tem uma coisa nova aparecendo no catálogo da Netflix. Lembrei dele e resolvi dar uma chance. Confesso até que superou as minhas expectativas.
Tahir é nigeriano e vive de forma irregular nos Estates. Hannah, por não suportar uma perda, se vicia em drogas. Os dois são moradores de rua na cidade de Nova Iorque. Tahir é preso e, quando volta ao seu beco, suas coisas foram levadas por outras pessoas. Hannah foi uma delas. Ele passa a segui-la para recuperar sua jaqueta e acabam se apaixonando. A vida nas ruas não é fácil e essa aproximação cria uma esperança de que pode haver um futuro para eles.
Pelo o que a sinopse apresenta, eu estava esperando uma espécie de romance e me surpreendi com um drama pesadinho até. No começo, a gente vai vendo a realidade dos dois vivendo nas ruas e como fazem para ganhar uns trocados. Aos poucos, descobrimos um pouco da história deles. O porquê dele se apegar tanto à religião e o porquê dela não se apegar a nada. Na verdade, não há um aprofundamento desse passado (e nem precisa). O que é revelado é o suficiente. A ideia não é fazer uma análise do que aconteceu, mas da situação em si, dos problemas como frio, atendimento médico, vício, abrigos, etc. Do meio pro final a trama fica bem mais intensa e olha… tem umas cenas fortes. Especialmente pelo o que uma mulher, ainda mais na condição dela, tem que se submeter para poder sobreviver. Uma realidade triste, chocante, mas um filme tocante com certeza. Curti bastante.
Ah e não tem como não comentar a extrema magreza de Jennifer Connelly. Passei boa parte do filme querendo dar uma pizza pra ela 😛
Para quem gosta de dramas e histórias fortes, fica a indicação.